Intuição
INTUIÇÃO
Carmen Fossari
Da cidade que sou
Ruas e atalhos
São mapas
São cartas
Trançadas
Percorro os passos
Dia a dia do trajeto
De bússolas da razão
Que em parte apraz,
Mas se repartem de estilhaços
Que oclusam a lua nova.
Na cidade que estou
Uma rebelião
Indormida também
É habitante citadina.
Outros ventos
vitrificam
O olhar , que carrega
o mar
De olhar no olhar.
Me assoma
Outro compasso
Regido por uma
Sonata do que não sei.
Amanhecer em
pressentimentos
Do saber sem ver
Do sentir sem tocar
Um vento sul embaralha
Todas as conhecidas cartas da razão
E no verso da
intuição
A cidade de estar
Seduz
Imagética , renovada
Povoada d. eus
Não ditos
Evocados da oculta
face
pressentida
De saber-te.
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