Novembro
Carmen Fossari

Novembramar

Novembrais
Antes do último mês
Do ano 16,
Quando o ódio forjou
Da escuridão o dia
Em noite interminável sem democracia
E inescrepulosos como bando de
Hienas
Eles com capuzes de sonoras panelas burguesas
gargalharam seu acordo espúrio-
Ter em mãos -o que as urnas não lhes concedeu
-o poder que emana do povo.
E feito algozes seus tentáculos de polvo
Teceram este longo tempo medieval
Que se esparramou na teocracia
E fez até da cidade maravilhosa
O cenário de um triste samba enrêdo
Onde os dízimos universais
em perplexidade se legitimaram
Para eles na ilha brasílica
os corjários astutos- de navios
navegantes à paraísos fiscais.
O estado serve para o que lhes convém
Sonegar impostos- educação para
Quem?
Não precisam de cidadãos livres
(mão de obra barata é o quanto lhes basta)
Encurtar das massas o que
aos pobres a lei
Se lhes assegurava,
Mesmo que ainda tão pouco
A maior concentração de renda em um país
Habita esta pátria , mas os astutos querem mais
Sangrar o aquífero Guarani
Entregar o Pré Sal.
Diminuir tudo que pode dar um mínimo de alento ao povo
Novembro, antes do último mês do ano 16.
Sim vivemos olimpíadas, paralimpíadas
E vivemos momentos de nos unirmos em praças públicas
Vigílias democráticas
Ah, mas temos esperança
Os estudantes ocupam
Seus sonhos -escolas livres
...então que venha dezembro... Em alvorada de
Novos sonhos coletivos
A luta recomeça!!!!!



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